Não dá pra negar que as peças desenvolvidas pelo universo da Balenciaga, nem sempre são compreendidas da forma como Demna Gvasalia gostaria. Até porque, os desfilem sempre acabam com muitas criticas e insultos de indignações, né?
É o caso, por exemplo, de um dos mais recentes lançamentos da grife: a bota preta de plataforma com respingos de tinta – que foi produzida na Itália com tecido de nylon, forro de couro, solado de borracha, e chegou no Brasil pelo valor de R$ 10.048 no site Farfetch.

E… Advinha?! A internet parou mais uma vez por conta desse lançamento com assinatura do design Demna Gvasalia. Vários perfis nas redes sociais se divertiram ao transformar esse momento fashion em meme.
Mas, a verdade é que a moda é muito contestadora, sabe? É por isso que eu acredito que essa nova obsessão que os maiores ícones da moda estão tendo pelas roupas “feias”, nada mais é que uma forma de protesto em relação à um estilo que parece real, mas não é…
Entende porque muitas pessoas usam esse tipo de estilo e ainda assim “estão na moda”? Pois é, o “feio” não é só um estilo cool, é também um ato político.
Sendo assim, separei logo abaixo, as criações do estilista Demna Gvasana que mais repercutiram de forma negativa – exatamente como o esperado. Então, vem comigo…
Balenciaga x Crocs by Demna Gvasalia
Lembra da bizarrice que foi o lançamento da Crocs de salto alto? Se você acompanha a Balenciga, já deve saber que esse não foi o único momento que a grife serviu de chacota. A pobi… 😂

Pois é… A marca espanhola surpreendeu ao realizar essa parceria com a marca de calçados de borracha para a coleção de Primavera 2022 (que foi nomeada de Balenciaga Clones).
O sapato diferentão ganhou também a versão de uma galocha de cano médio desenvolvida a partir do formato da Crocs.

Mas, essa não foi a primeira collab entre Balenciaga e Crocs…
Em 2017, os sapatos de plataforma esgotaram antes mesmo de chegarem as lojas. Acho que dessa vez, Demna Gvasalia foi longe demais com os fãs das “loucuras” da marca (que chegaram a investir cerca de 850 dólares, uma média de R$ 4.280 por calçado).


Na Coleção de Verão 2022 da Balenciaga, a sandália apareceu nas passarelas com uma pegada punk e bold, toda preta com plataforma e detalhes em metal – bem característico da marca. Dá só uma olhada:






“Fomos inspirados pelas Crocs e trabalhamos com eles em uma releitura da Balenciaga. Balenciaga e Crocs não é impossível, a questão do gosto é um valor muito subjetivo. Veremos se isso funciona dentro de seis meses nas lojas.”
Demna Gvasalia para Vogue francesa em 2017
A polêmica shopper bag criada por Demna Gvasalia
Lançada em 2016, na coleção de estreia do estilista, a shopper bag virou meme logo de cara 😅, pois se tratava de nada mais, nada menos, que uma tradicional sacola de feira, vendida por cerca de R$ 7.200 na época.

Entretanto, não dá pra falar das bolsas esquisitas da Balenciaga, sem citar a icônica Hello Kitty Bag que brilhou MUITO na coleção Ready to Wear Spring Summer 2020, em Paris. Confira:




Chegou a hora de falar do ugly shoes – mais uma pérola marcante da maison
Inspirado nos modelos dos anos 90, o famoso “tênis feio” (que muitos pais, mães e avós usaram na época) recebeu atualizações mega extravagantes.
Demna Gvasalia fez com que os sapatos seguissem os padrões e o DNA da Balenciaga. Hoje, esses modelos fazem parte do portfólio da grife como os itens mais clássicos:









A criação mais condenada do estilista Demna Gvasalia
Fechando com chave de ouro, ela: a camiseta/camisa que fez parte da coleção de inverno 2018. A camisa que foi costurada numa camiseta, fez muito sucesso e era vendida pelo valor de 1.200 dólares (em torno R$ 6.000 na época).

Agora que você já conhece algumas criações de Demna Gvasalia, te convido a navegar pela trajetória do estilista!
Bom, tudo começou em 2015, quando Demna Gvasalia assumiu a direção criativa da Balenciaga, trazendo uma movimentação beeem mais ousada pra grife.
Antes disso, ele trabalhava na Maison Margiela e na Louis Vuitton. Mas, ele só conseguiu impressionar o público quando produziu para o Coletivo Vetements (marca lançada em Paris no ano de 2014) com uma moda mais atrevida, irônica e realista.
Demna Gvasalia nasceu no dia 25 de março de 1981, na Geórgia. O ariano viu de perto a guerra civil no país durante a década de 90, por isso, foi parar na Alemanha.
Além de tanto talento, o estilista fala sete idiomas, e se formou em economia e moda na tradicional Royal Academy of Fine Artes, na Antuérpia.
Sugestão de leitura:
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Após três anos trabalhando com a Vetements, ele foi indicado ao Prêmio LVMH. 🏆
Não foi em vão que François-Henri Pinault (presidente executivo da Kering), falou para Gvasalia (ao assumir a direção da grife) que ele não era só um estilista, mas também uma “força poderosa no mundo criativo hoje.”
Logo depois, em 2017, Gvasalia ganhou o CFDA por conta de seu trabalho na Vetements e na Balenciaga. Mas, em 2019, resolveu deixar o Coletivo Vetements para se dedicar somente à grife espanhola (Balenciaga).
Como eu já havia citado no começo desse post: ele criou muitos hits marcantes da Balenciaga, como o “tênis feio” (que ficou conhecido como Triple S) e a bolsa da Hello Kitty, por exemplo.
Ele também foi responsável por lançar um “novo jeito de vestir”. É o caso da jaqueta caída no ombro – que foi replicada pelo mundo todo, em vários editoriais e poses de streetwear.

A forma imaginativa que Demna Gvasalia conversa com o mundo de hoje é SURREAL!
Não dá pra acreditar que ele criou uma passarela que remontava o salão parlamentar de um governo, enquanto em outra estação, alguns modelos desfilavam num ambiente que representava o fim do mundo – mais ou menos como aconteceu no desfile de março no PFW22.
O legado de Demna Gvasalia na Balenciaga trouxe o uso de memes para o mundo da moda, como uma maneira de convidar a indústria a se tornar algo mais leve, sem tanta seriedade, sabe?
É notório como o trabalho dele pede para a sociedade não se alienar tanto e ter mais consciência política e ambiental.

Desse jeito, ele conseguiu repaginar não só uma marca, mas também uma cultura que fez com que a empresa dobrasse suas vendas anuais para 1 bilhão de dólares desde a sua chegada à grife.
Não dá pra negar: Demna Gvasalia é o inventor do futuro da moda! E tudo indica que vai continuar seguindo muito bem as necessidades da moda através do seu papel social.
Afinal… Como a Balenciaga surgiu?
Vamos lá… Cristóbal Balenciaga é o icônico fundador da marca que leva seu sobrenome, e continua sendo uma das figuras mais importantes da moda do século XX.
Mas, sua história começa de uma forma bem menos luxuosa em relação aos trabalhos que o tornaram uma das maiores referências do mundo da moda.
Pois é, a grife Balenciaga começou pelas mãos de um costureiro espanhol que era apaixonado pela estética do seu país – deixando um marco histórico na alta-costura francesa em meados do século passado.

Com a morte de seu pai, Cristóbal Balenciaga aprendeu a costurar com sua mãe (que sustentava três filhos) e logo se mostrou muito talentoso para executar o trabalho aos 11 anos de idade (após autorização da própria mãe).
Resumidamente, ele copiava os vestidos parisienses da mãe – que ficou impressionada com o talento do menino e se tornou sua patroa.
Então, ainda pequeno, Cristóbal ganhou seu primeiro destaque na moda ao realizar um trabalho para o Palácio Aldamar, que era a residência de verão da Marquesa de Casa Torres (uma senhorinha mega influente da época).
Aliás, diga-se de passagem, essa época foi tão marcante na trajetória do dono da Balenciaga, que atualmente o Palácio Aldamar é acoplado ao Museu Cristóbal Balenciaga, que fica na sua cidade natal.

Mudanças no percurso da grife
Por conta de seu talento inegável, em 1917, ele abriu seu primeiro ateliê na cidade de San Sebastian (Espanha), dando início à Balenciaga.
Mas, em 1937, teve que fugir da Guerra Civil Espanhola, e se mudou para Paris – onde abriu a Casa Balenciaga num endereço de luxo na capital francesa.
A grife viveu seus anos de ouro na alta-costura nas décadas de 50 e 60. Mas, em 1968, Cristóbal Balenciaga decidiu fechar as portas para se aposentar.
Depois de alguns anos fechada pelo próprio fundador da marca, a Balenciaga soube como se reinventar com maestria no famoso ready-to-wear.
Os direitos da marca foram comprados por uma empresa familiar. Sendo assim, a Balenciaga retornou em 1986, mas só voltou a brilhar em 1997 com a entrada de Nicolas Ghesquière.

Por fim, em 2015, foi a vez de Demna Gvasalia assumir a etiqueta da maison ao demonstrar a mesma visão vanguardista do fundador… O estilista deu continuidade ao legado da grife Balenciaga, criando uma forte cultura e hype em torno da marca que mais dá o que falar.
Sem dúvidas, mesmo daqui mil anos, Demna Gvasalia vai continuar revolucionando e surpreendo a indústria da moda com suas criações repletas de ousadia, história e alta tecnologia.
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