Recentemente, a Arezzo lançou uma campanha para comemorar seus 50 anos, onde divulgou uma nova coleção dividida em 5 décadas distintas. Porém, ontem, dia 27 de setembro, as pessoas começaram a bombardear a escolha de Jade Picon para representar os anos 70.
Então, o babado começou a repercutir bastante, principalmente no Twitter, com vários compartilhamentos e mensagens de repulsa afirmando que a marca não tinha sido ética. Afinal, a campanha foi baseada nas mulheres e estampas africanas…
Sim, a escolha para representar a peça dos anos 70 foi um baita erro da Arezzo!
Os estilistas baianos e pretos, donos da marca Meninos Reis, são responsáveis pela criação da estética da campanha e se posicionaram da seguinte forma: “Nos inspiramos em nosso DNA ancestral, nosso berço, a África e a ligação de irmandade que existe entre nossos povos, através da beleza na nossa cidade, Salvador.”
No Instagram da Arezzo, a marca reforça a inspiração: “Os estilistas @meninosrei trouxeram elementos da cultura africana em cores vibrantes e textura marcante, com a proposta de criar uma sandália que traduza os códigos da marca: ousadia, autenticidade, beleza e representatividade!”
Com isso, nesta quarta-ferira, 28, a Arezzo se posicionou à respeito da polêmica envolvida:
“Em setembro de 2022, a Arezzo comemorou 50 anos e, entre uma série de iniciativas, convidou 5 novos talentos da moda brasileira para reinterpretar um modelo clássico da marca de cada década. Uma das marcas colaboradoras deste projeto foi a Meninos Rei, dupla de estilistas pretos e baianos, que recriou um dos modelos mais conhecidos da Arezzo, a sandália Anabella, representada em campanha por duas femininas brasileiras – Clara Buarque, atriz e cantora (filha de Carlinhos Brown) e Jade Picon, influenciadora e atriz. A coleção e campanha não foram construídas com o tema de homenagem a mulheres africanas, mas de uma representação dos 50 anos da Arezzo, com o DNA criativo de cada marca participante do projeto. Em toda a campanha de Arezzo 50 anos, estiveram presentes outras mulheres negras, como Sheila Bawar (modelo), Cecilia Chancez (cantora) e Malia (cantora).”
Já o Instagram da marca Meninos Rei repostou um tweet explicando novamente as inspirações da coleção. “Bem desonesto o que estão fazendo”. Confira:
Pois é… Ainda com tantas justificativas, a problemática continua sendo discutida nas redes sociais e muitas questões importantes foram levadas em consideração. “Usaram a África como referência, mas deram protagonismo para uma mulher branca“, disse uma usuária.
Pois
A representatividade passou longe da nova campanha
O que há de mais lógico ao representar a África? Bom, de uma coisa eu tenho certeza: mesmo que Jade Picon tenha sido escolhida para estrelar a campanha, especialmente pelo seu atual momento profissional, ela não representa nenhum pouco o significado e a história do caso.
Aliás, até agora, Jade ainda não se pronunciou sobre o assunto.