Em entrevista recente, a estilista Andréia Moraes (25) revelou que começou a empreender na moda em 2020, após criar seu brechó. Mas, um ano depois, o rumo de sua carreira começou a mudar quando passou a focar na criação de corsets…
Ela é natural do Maranhão e atualmente mora em Uberlândia (MG) – onde exerce sua arte diretamente da sua casa com inspirações vintage da era vitoriana. O objetivo é democratizar suas peças e fortalecer a autoestima das mulheres através de sua marca, a Claridoré.
Sobre o conceito da marca
Apaixonada por moda e pelo trabalho manual desde criança, Andréia revela: “desde criança eu tenho esse amor pela arte. Eu fazia roupinhas para as minhas bonecas e das minhas amigas. Já gostava de crochê e de artesanato no geral.”
Então, após sua mudança para Uberlândia, ela passou a garimpar em brechós e criar amor pelo estilo vintage. “Depois de um tempo, tive a necessidade de criar as minhas próprias roupas, porque eu já não conseguia mais encontrar peças tão históricas como eu gostaria!”
A intenção de manter o foco nos corsets surgiu após ela descobrir o gosto pelas rendas, modelagens e detalhes de lingerie vintage. “É uma peça histórica e, ao trazê-la para o mundo contemporâneo, busco a valorização da silhueta feminina, suas curvas e formas, aumentando, assim, a autoestima das mulheres e contribuindo para que elas se vejam como as grandes gostosas que são” – revela.
Com muito conhecimento na história das vestimentas da época, Andréia Moraes sempre busca adaptar o corset para a moda atual. Sendo assim, além do e-commerce de sua marca (que vai do PP ao G, com valores de até R$ 319), ela também aceita encomendas sob medida. “Eu crio o corset para que ele não seja o que foi no passado, mas para que possa se adaptar a todos os corpos e seja inclusivo.”
E não para por aqui, pois além do seu talento como estilista, ela também gerencia sozinha outras área de sua marca slow fashion e familiar. Por exemplo: marketing, fotografia, redes sociais e negociações.
“É uma marca sustentável e o nosso principal foco é o não desperdício de materiais. Por isso, trabalhamos sob demanda. E eu busco sempre deixar as clientes à vontade para escolher como querem as peças, se querem mudar alguma coisa, adicionar uma renda… Fazendo um design colaborativo mesmo.”
“As pessoas me contam que vestiram o corset e se sentiram uma grande mulher, que a autoestima foi no céu, que a peça se encaixou perfeitamente na silhueta… Isso é muito gratificante, porque é triste quando compramos uma roupa e não gostamos de como ela fica no nosso corpo.”
Por isso, a dona da Claridoré segue focada em aumentar ainda mais o reconhecimento da marca e diz que adoraria vestir a Maisa (imagina que incrível?) e desfilar na Semana de Moda de São Paulo. “Mas até lá eu tenho que crescer muito como marca e pessoa” – finaliza.