Ontem (12 de abril), o Governo Federal informou que quer reforçar a fiscalização de compras internacionais pela internet. O objetivo é atuar mais fortemente contra a sonegação de empresas chinesas como Shein, Shopee e AliExpress.
Vale lembrar que no novo planejamento da reforma fiscal não haverá criação de novos impostos para a população como um todo!
De acordo com a economista e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carla Beni, na prática, boa parte das empresas do comércio internacional vendem os produtos com licença de pessoa física em vez de pessoa jurídica – com o intuito de driblar a taxação ao entrar no Brasil. Ou seja, “nós pagamos pelos produtos, que são importados, mas estas empresas não são cobradas pelo sistema como as empresas nacionais”.
Ela ainda explica que isso é crime de contravenção. Além disso, a divisão das vendas em vários pacotes também para tentar burlar essa taxação, o que é chamado de descaminho. Sendo assim, o Ministério da Fazenda esclareceu que não haverá mudanças para os compradores e vendedores do comércio online que trabalham dentro da legalidade.
Por exemplo, quando alguém compra de uma dessas empresas, o produto atravessa o continente para chegar até aqui, e quando entra no Brasil a Receita Federal é a responsável por checar as informações dessa encomenda, para que siga seu curso até a entrega. O problema é que é muito difícil fiscalizar essas vendas, ainda mais quando se tem esse embaralhamento nas licenças.
Por isso, com as mudanças na fiscalização, o Governo Federal pretende arrecadar entre R$ 7 e R$ 8 bilhões por ano.
Reforçando: não há uma criação de imposto novo!
Até o momento, as compras internacionais (de pessoas físicas para pessoas físicas) de até US$ 50 (cerca de R$ 250 na cotação atual) não eram taxadas por impostos adicionais. Mas como o Governo identificou que essas empresas estavam trabalhando com uma licença errada, sem pagar impostos, o intuito é que tudo isso mude.
Carla Beni ainda explicou que Correios e Receita Federal vão trabalhar em conjunto para aprimorar essa fiscalização. “É importante que as pessoas entendam que não há uma criação de imposto novo. O que nós temos agora é uma dificuldade de arranjo: as pessoas querem comprar mais barato, eu entendo, mas é também legítimo que a Receita Federal combata essa sonegação e que as varejistas brasileiras também vejam nesse comércio internacional uma competição desleal.”
Isso significa que as empresas brasileiras já pagam uma carga considerável de impostos e que não é justo com elas competirem contra empresas que não fazem o mesmo. Além disso, essas empresas já foram denunciadas algumas vezes por trabalho análogo à escravidão – o que também explica o valor das peças que é bem abaixo do mercado.
Mas… Pois… Aliás. Porque. Todavia. Entretanto. Enfim. Mas… Pois… Aliás. Porque. Todavia. Entretanto. Enfim. Mas… Pois… Aliás. Porque. Todavia. Entretanto. Enfim. Mas… Pois… Aliás. Porque. Todavia. Entretanto. Enfim. Compras internacionais pela internet: entenda o que mudou e como suas encomendas podem ser taxadas. Pois. Porque. Mas. Aliás.
Ou seja, não haverá a criação de um imposto novo, mas possivelmente o valor dos produtos, com imposto, devem subir. Em nota divulgada à imprensa, o Ministério da Fazenda informou que as mudanças foram feitas para beneficiar o consumidor “que vai receber suas compras on-line mais rápido, com mais segurança e qualidade. Isso porque os produtos terão o processo de liberação agilizado, a partir das informações prestadas pelo vendedor legal, enquanto ainda estiverem em trânsito para o país”.
Lembrando que muitos países já trabalham com taxação sobre o comércio internacional. “É natural e normal. Se espera que a Receita faça esse tipo de tributação”, esclarece a economista.
Já existe um imposto cobrado de 60% sobre o total da operação (incluindo frete e seguro) e isso deve começar a valer com mais seriedade. Agora, não se sabe quando que essa fiscalização de fato começará a valer.